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domingo, 26 de março de 2017

Férias 2016: Curaçao

O ano de 2016 foi um ano de mudanças em nossas vidas. Todos os anos tiramos nossas férias no segundo semestre, e no meio do ano já sabíamos que não poderíamos fazer a nossa terceira Eurotrip, que eu já tinha começado a planejar. Em função da troca de emprego do meu marido, ele não teria dias de férias para viajarmos.

Mas mesmo com as mudanças e mesmo sendo um ano atípico, no final ainda conseguimos uma semana de recesso em dezembro para descansarmos. Não pensei duas vezes e comecei a procurar destinos na América do Sul e Caribe.

Sempre começo a pesquisar uma viagem pelas passagens aéreas e confesso que achei preços altíssimos e voos com muitas escalas para a segunda quinzena de dezembro, que já é alta temporada.

Curaçao foi o destino, dentre os que eu procurei, com o melhor preço de passagens e com escalas razoáveis, e ainda tínhamos a opção de passar um dia em Miami, em função dos horários dos voos. Depois de pesquisarmos sobre o lugar e ver fotos de praias paradisíacas, não pensamos muito e começamos a planejar a viagem com algumas semanas de antecedência.
Sobre o país:

Curaçao é uma ilha do mar do Caribe, que fazia parte das extintas Antilhas Holandesas. Hoje é um país autônomo constituinte do Reino dos Países Baixos, junto com as vizinhas, Aruba e Bonaire, completando o triangulo ABC.

O país está fora da rota de furacão. O clima também é quente, e em dezembro, apesar de ser inverno, pegamos sol todos os dias, com temperaturas em torno de 30° a 35°, mas com algumas pancadas de chuva no fim da tarde. Esses dois fatores fazem com que a ilha seja visitada o ano inteiro.

Pelo que observamos, o local é ainda pouco explorado por turistas, bem diferente de outras cidades caribenhas que já visitamos, como Cancún e Nassau. Isso faz com que o local seja mais tranquilo, com muitas praias bem vazias e praticamente desertas. A ilha é bem pequena e tem aproximadamente 450 km², de modo que em um dia é possível rodar de ponta a ponta pelo país. Por ter colonização holandesa, a maioria dos turistas é europeu. 
A grande atração do local são as praias e suas atividades aquáticas, que são muitas e lindíssimas. Todas em pequena extensão, com areias branquinhas e águas de um tom de azul sem igual. A vida noturna da ilha é bem calma e vazia e os bares e restaurantes fecham bem cedo.

Quanto ao idioma, entre eles fala-se o local, mas também falam e entendem bem o inglês, holandês e alemão

Em relação à moeda, usa-se o Naf/florin, mas o dólar é bem aceito por lá. Pagamos tudo em dólar e em pouquíssimos locais recebemos o troco em Naf.

Para entrar em Curaçao, não é necessário ter a vacina de febre amarela, apesar dos rumores que ouvimos. Mas sempre é bom pesquisar quando tiver com viagem programada para lá.

Como chegar: 

Compramos as passagens com a Agência Agiliza Brasil e voamos de American Airlines, na ida RJ-BH-Miami-Curaçao, e na volta Curaçao-Miami-Manaus-RJ. A parte ruim desta companhia é que não estão marcando os assentos na compra, somente no check in, então em todos os seis voos tivemos que negociar com outros passageiros para sentarmos juntos.
Lembrando que é preciso o passaporte para viajar e, para essa conexão em Miami, é necessário ter o visto norte-americano. Outras companhias voam para lá também, como a Avianca, com escala em Bogotá, e a Copa, com escala no Panamá, mas na American foi com quem obtivemos o melhor custo-beneficio.

Onde se hospedar:

Com as passagens compradas, fui pesquisar a hospedagem. A maioria do blogs indicava se hospedar em Willemstad, que é a capital do país, onde ficam a maior concentração de bares, restaurantes, hotéis, lojas de marcas e de souvenires. A capital é divida em Punda e Otrobanda, cortadas por um canal e interligadas pela ponte Queem Emma, que é móvel e somente para travessia de pedestres.
Com tantas indicações positivas na internet, reservamos um quarto no Saint Tropez Apartaments and Suites, que fica localizado em Punda, há uns 10 minutos de caminhada do centrinho e da ponte, com ótima localização. Pagamos em torno de 130 dólares a diária, sem café da manhã e sem estacionamento, pelo período de 5 noites.
O hotel tem um estilo mais moderno, funcionando como beach club durante o dia. A área externa tem uma linda piscina com borda infinita para o mar, além do bar, onde servem o café da manhã, almoço, jantar, petiscos e bebidas.
O quarto é bem espaçoso e conta com ar condicionado, TV, frigobar, cafeteira, bancada com cuba, cama boa e bom blackout. O banheiro também é bem espaçoso. O preço inclui wi-fi no quarto, que funcionava muito bem, por sinal.
Alguns dias tomamos o café da manhã no hotel. O cardápio é a la carte e tem várias opções de combinação. No primeiro dia pedimos 2 pratos, o que foi um exagero, rs, pois os pratos são muito bem servidos.
O mais completo, que serve tranquilamente duas pessoas e custou $16, inclui umas 5 variedades de pães, ovos mexidos, queijo, salmão defumado, pastinha de atum, frutas, além de manteiga, geleias, café e suco. O outro prato, que eu pedi, é um pouco menor, mas suficiente para 2 também: vem com panquecas, pães, frutas, ovos mexidos, bacon, linguiça, mel, geleias, além do café e suco. Nos outros dias pedimos um só e dividimos. O preço não foi barato, mas é muito bem servido, e valeu a pena acordar e sentar à beira mar apreciando aquele visual.

Como se locomover:

Para se locomover em Curação é indispensável o aluguel de um carro. Apesar da ilha ser pequena, as praias não são tão perto do Centro e o transporte publico é precário. 

Deveríamos ter pego o carro no aeroporto, mas nosso voo atrasou e chegou depois das 23h, quando a locadora já estava fechada. Então, tivemos que voltar no dia seguinte ao aeroporto para buscar o carro. Nesse ir e vir, morremos em 75 dólares com taxi. A diária do carro saiu em torno de 60 dólares na Avis, reservado com a Agiliza Brasil.

Achamos bem fácil de se locomover na ilha, usamos o mapa que a locadora nos deu e as placas para chegar onde queríamos, já que o GPS que levamos não funcionou (acho que é preciso atualizar os mapas). Curação tem praticamente uma estrada principal que vai de Norte a Sul da ilha. Até nos perdemos umas vezes, mas facilmente achávamos o caminho.

Onde comer:

Nós não chegamos a ir em nenhum lugar famoso para comer, mas a região de Punda e Otrobanda tem muitos bares e restaurantes. No lado de Punda sentamos nos bares que ficam próximos aos vistosos letreiros. Por ali também fica o Waterfort, que é um deck à beira mar com vários restaurantes.

Do outro lado da Ponte, em Otrobanda, tem os famosos La Bahia e Guevernere, que nós não fomos, mas são recomendados. Caminhando no sentido do mar fica o Rif Fort, que é um complexo de lojinhas, bares, restaurantes e cafés.
Em uma das noites fomos conhecer o bar do nosso hotel, o Saint Tropez Beach Club e ficamos petiscando e bebendo alguns drinks.
No dia que fomos a Praia de Jan Thiel, almoçamos no Restaurante do Papagayo Beach Club, mas o atendimento deixou bastante a desejar. Meu prato veio errado e ainda demorou uns 20 minutos para trazerem o certo. 
Almoçamos também um delicioso hambúrguer no bar que fica na Praia de Port Marie.
Em Mambo Beach, tem uma galerias com muitas lojinhas, lanchonetes, restaurantes, e é um bom lugar para fazer um lanche também.
No fim, a viagem foi uma ótima surpresa e o país que nem estava no início da minha listinha, acabou se tornando um dos meus queridinhos de viagem. Um excelente lugar para relaxar, curtir as lindas praias e aproveitar os dias. Valeu muito a pena conhecer esse paraíso escondido no mar do Caribe e ainda pouco divulgado pelo mundo.


Acompanhe abaixo todos os posts desta viagem:

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